domingo, março 11, 2007

A estória do V.C..C

Conta-se que certo caipira estava no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: "Vai Cristo Chama". Fiel à visão correu ao pastor de sua Igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse:
— Mas para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a sua mensagem?
— Claro que sim! – Disse o homem.
— E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece?
— As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano.
— Então, conte-a! – Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho.
O caipira começa a falar:
"Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos, escutai-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade.
"E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos alimento lhe traziam, pois alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre. E sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: 'Não me contaram nem a metade'.
"Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, a mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: 'Tiveste cinco maridos, e o homem que agora tens, não é teu marido'. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendura pelos cabelos numa árvore e disse: 'Desce daí, pois hoje almoçarei na tua casa'. Veio Dalila e cortou-lhe os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: 'Que comeremos?', pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que o ouviram se admiraram da sua doutrina."
O caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou:
— E então, estou pronto para pregar o evangelho?
— Olha, meu filho – disse o pastor – eu acho que aquelas letras no céu não significavam: "Vai Cristo Chama". Antes, deveriam ser lidas: "Vai Cortar Cana".
MORAL DA ESTÓRIA: Um conhecimento superficial das Escrituras poderá causar danos irreversíveis ao ministério, caso o mestre não leve em contar os fatores fundamentais para uma boa interpretação bíblica.

quinta-feira, março 08, 2007

Cultura Racional II

UNIVERSO EM DESENCANTO: UMA COSMOVISÃO DESENCANTADA II

Segunda resposta para Maurilio Galindo

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida"

Jesus Cristo

 

Maurilio,

Em sede de preliminar manifesto felicidade por você ter considerado a "pesquisa" desse subscritor sobre o significado da palavra seita como sendo muito legal. Atitude nobre da sua parte, principalmente no contexto desse debate. Poucas pessoas teriam o mesmo posicionamento. Continuemos nesse tom, confrontando idéias e não atacando pessoas!

Entanto, apesar de tal felicitação, não considero a primeira resposta a ti como sendo uma – pesquisa – no real sentido da palavra. Foram somente alguns pequenos apontamentos acerca do tema em comento.

Dando continuidade ao embate, peço a devida vênia para transcrever e analisar em determinadas ocasiões alguns de seus comentários.

Maurilio disse:

"Mas continuo afirmando que qualificar a Cultura Racional como seita é na verdade fruto do desconhecimento do conteúdo da obra, só podendo ser manifestado tal qualificação por leigos, mas que fazer? Explicado já está e de forma bem clara."


Depreende-se de seu comentário que apesar de todas as evidências apresentadas, especialmente aquelas as quais demonstram que a CR possui todos os elementos de uma religião/seita, você continua acreditando que qualificar a CR como seita/religião é resultado do desconhecimento do desconhecimento do conteúdo da obra.

Ora, as provas foram colhidas exatamente no livro UD. As passagens não foram criadas por nós, ao contrário, foram simplesmente retiradas do livro. Ou seria necessário fazer uma análise sistemática, capítulo por capítulo, frase por frase, para então demonstrar que a CR é evidentemente um religião sectária?

Veja-se que uma simples investigação do trabalho da CR é suficiente para desbancar o seu posicionamento, que dirá uma robusta e acurada perquirição de toda enciclopédia(como você diz)?

A pergunta que eu faço é a seguinte: se eu demonstrar todas as incoerências da CR você está disposta a abandoná-la?

Maurilio disse:

Critério sociológico, um social, uma sociedade mal informada, muito mal informada do que é a Cultura Racional."

Critério etimológico, uma etimologia que nunca esperava que tal conhecimento viesse à humanidade, por isso nunca criou uma palavra que designasse ou definisse corretamente a Cultura Racional".

 

Nesse ponto é perfeitamente possível vislumbrar outra característica preponderante das seitas presente no pensamento na CR. Geralmente uma seita vê a sociedade como inimiga ou adversária, de forma que os conceitos por ela produzido (sociedade) não são aceitos pelos seus adeptos. Nem mesmo quando se trata de etimologia de palavras. Será que a matemática de 2 + 2 = 4 também é um erro?

Maurilio disse:

"Salvação = retorno da humanidade ao seu verdadeiro mundo de origem, o Mundo Racional, lugar de onde viemos e para onde vamos por meio do desenvolvimento do raciocínio. Sendo este desenvolvimento feito em vida, o que não tem nada a ver com religiões que pregam suas benesses eternas após a morte. Então, são coisas bem diferentes."

Novamente o mesmo problema e distorção da CR. Pegam palavras do vocaculário religioso e tentam dar outra conotação para ela segundo o seu entendimento. Desde quando um cultura propriamente dita tem interesse em temas como "o retorno da humanidade ao seu verdadeiro mundo de origem". Como dito, uma cultura é caracterizada não com uma revelação que alguém recebeu disso ou daquilo. Culturas não prescrevem condutas, elas descrevem comportamentos. Coisas diferentes!

 

Maurilio disse:

"Cosmovisão, a Cultura Racional não tem nada disso, de tentativa de responder perguntas tais como: de onde vim, para onde vou, como vim e como vou, quem somos, o por que assim somos e como podemos deixar de assim sermos sofredores e mortais nesta vida, não, nada de tentativas, a Cultura Racional responde, para isso que ela veio à Terra, para dar a solução definida e definitiva de toda essa existência material na qual estamos submersos e escravizados."

Eis aqui um comentário interessante. Segundo você mesmo afirma a CR possui uma cosmovisão, com efeito, ela responde (eu afirmo que tenta responder) as perguntas cruciais do ser humano sobre origem, propósito e destino.

Acontece que toda e qualquer cosmovisão deve necessariamente enquadrar-se em pelo menos uma das classes de cosmovisões: a) Cosmovisões Teístas; b) Cosmovisões Ateístas; c) Cosmovisões Panteístas.

O primeiro grupo engloba as maneiras de ver o mundo que possuem no seu cerne a figura de um Deus/deus/divindade que pode ser conhecido pelo ser humano. No segundo grupo, contrariamente, não existe tal figura (Deus não existe). No último grupo, existe a figura de Deus/deus/divindade, porém, ele não pode ser conhecido pelo homem.

Invariavelmente as cosmovisões teístas e panteístas são representadas por religiões. Digo invariavelmente, pois, todas as cosmovisões que se enquadram nessas classificações possuem uma religião ou seita religiosa que ensina ou divulga as sua doutrinas. Exemplificando, no panteísmo tem-se o caso do hinduísmo e do budismo, no teísmo, as religiões judaísmo, islamismo e cristianismo.

No caso em análise, a CR acredita na existência de um ser superior, o qual denominam de RACIONAL SUPERIOR, e, da mesma forma, acreditam que o mesmo é cognoscível, ou seja, que pode ser conhecido, conforme se infere do seguinte texto:

"A verdadeira Fase Racional, quando todos vão entrar em contacto e se comunicarem com o RACIONAL SUPERIOR, recebendo todas as orientações transmitidas pelo RACIONAL SUPERIOR, para o seu equilibrio aqui nesta vida." CR. Pg. 05, 18º vol.

Feitas tais anotações, em consonância com as palavras do sr. Maurilio, a CR amolda-se nas qualificações de uma religião. Entretanto, eles preferem se auto-denominar como sendo uma – cultura.

Tal posicionamento até parece brincadeira, lembra-me o caso da criança que ao ser pego de surpresa pelos pais, após uma traquinagem, com a roupa toda suja de chocolate, e com todas as provas contra ele, ainda diz. – Não. Não fiz nada!

Da mesma forma é a CR. Tudo indica trata-se de religião sectária, mas ainda insistem: - Não somos!

Maurilio disse:

"A Cultura Racional é um conhecimento que veio à Terra para ligar o ser humano em vida à eternidade, em vida todos ligados à energia da origem e desligados destas duas energias desequilibradas e degeneradas que faz o ser humano agir, muitas vezes, pior do que a mais mortal das feras".

Opa, Maurilio, esse argumento é meu. Quem disse que a CR é religião sou eu. Mas você, neste parágrafo, está dizendo o mesmo! - "ligar o ser humano em vida à eternidade". Peraí, se for assim, vamos terminar o debate por ausência de pensamentos conflitantes. Risos!

Maurilio disse:

"Os estudantes da Cultura Racional quando em suas divulgações usam roupa branca porque o branco é a cor que simboliza a paz, a fraternidade e a concórdia universal, nada a ver com bíblias seja ela de que religião for. Nada a ver. Por a Cultura Racional ser um conhecimento de paz é essa a exclusiva razão da utilização de tal cor."

Tá certo. Parece ritual mas não é! Vou fingir que acredito! Ainda, por favor, peçam aos dicionaristas (na pessoa dos editores) Luft, Aurélio e demais, para mudarem o conceito da palavra ritual em suas respectivas obras. Parece-me que estão equivocados!

Maurilio disse:

"Cultura Racional não realiza reuniões de modo algum no sentido religioso, reúnem, os estudantes, para divulgarem para todos que o que sempre imploraram já está na Terra, os livros Universo em Desencanto. Reúnem-se, alguns, para festejar datas de aniversários referentes à Cultura Racional, o que é feito com muita alegria, muita leveza, muito prazer, então tais reuniões festivas, são para festejar mesmo, festejar esta grande dádiva do nosso mundo de origem para nos tirar desse mar de lama e sofrimentos e tudo de forma bem natural."

Idem comentário retro. Parece culto mas não é!

Maurilio disse:

"A Cultura Racional é realmente uma lavagem cerebral (...)"

Dispensa comentários!

Maurilio disse

Hoje, quando uma pessoa que vinha buscando respostas para sua existência e encontra a Cultura Racional aí é só alegria, por isso se diz que todos estão felizes e contentes, porque é muita alegria junta se deparar com aquilo que sempre buscou mas que nunca pensou ser possível vir até nós. É pura, felicidade, alegria e contentamento, mas isso só sabem os que estudam a Cultura Racional.

 

Eis um comentário que merece plena atenção.

Muitas pessoas estão realmente buscando a felicidade, muitos inclusive estão procurando por ela em lugares completamente inusitados. Alguns até pensam que a encontraram. Uma aparente e momentânea alegria!

Ocorre que a verdadeira felicidade não pode ser alcançada somente em nós mesmos. Alguém, externo à nós, é quem deve abrir as portas para a encontrarmos. E para nós, o responsável chama-se Jesus Cristo.

Porém, a felicidade em si é um conceito vazio e sem sentido. A verdadeira felicidade é resultado não de um vida abastada e repleta de dinheiro, ao contrário, é o fruto de um vida salva e liberta da opressão e do cansaço espiritual. E isso somente quem pode fazer é Cristo.

Disse Jesus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei".

Essa é a verdadeira felicidade.

E como Jesus conseguiu isso: Morrendo na cruz!

Como receber essa salvação e libertação?

Aceitando-o como Senhor e Salvador!

Fraternalmente

Em Cristo. Nosso Senhor e Salvador

Valmir Nascimento

www.comoviveremos.rg.com.br

 

quarta-feira, março 07, 2007

Universo em Desencanto

UNIVERSO EM DESENCANTO: UMA COSMOVISÃO DESENCANTADA

Uma resposta para Maurílio Galindo

Salve o Maurílio!

Atendendo solicitação do nobre colega Maurílio Galindo em seu comentários no www.comoviveremos.rg.com.br (Cultura Racional), apresentarei aqui algumas breves considerações acerca da Cultura Racional (CR) com fulcro na leitura de um dos livros Universo em Desencanto (18º).

Inicialmente tal análise será efetuada com o fito de refutar a afirmação da CR de que ela não é um religião ou seita. Trarei à baila a questão da denominação a ela atribuída, posto que em seus comentários (MG) aduz não tratar-se de religião nem mesmo seita, eis que conforme asseveraste a CR não possui nenhuma casa de pregação ou igrejinhas, ou templos, ou sinagogas (sic), ademais não possuem rezas ou orações.

Nesse foco, para evidenciar que a Cultura Racional consiste em uma verdadeira religião/seita, apresentarei a ti pelo menos três critérios objetivos de perquirição e um critério subjetivo, dentre os quais, ao final, você poderá optar por um deles, ou, quem sabe, ainda, aceitá-los na sua plenitude (o que eu sinceramente espero).

Avante!

Critério subjetivo

Millôr Fernandes, colunista da Revista Veja fez a seguinte faz a seguinte diferença entre ditadura e democracia: "Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim".

Aplausos para o escritor-cronista-humorista-cartunista da Revista Veja, Millor Fernandes. Com poucas palavras ele disse muito. Como muita ironia ele esclareceu-nos um pouco.

Segundo ele vemos a diferença entre a democracia e a ditadura na exata medida em que nos situamos em relação ao poder. Se comandamos, festejamos a democracia. Se somos comandados, criticamos a ditadura. Coisas negativas pra você; positivas pra mim.

Parece engraçado, mas o ser humano, pelo que se percebe, tomou emprestado o conceito formulado por Millor para aplicá-la à vida religiosa. De maneira a produzir as seguintes definições de Religião e Seita. Religião é o conjunto de verdades as quais eu creio. Seita é a crença que você professa. Aplicando-se ao caso, a CR nem de longe gosta de ser considerada como seita.

Nesse sentido, portanto, ninguém que professe determinada religião gosta de tê-la inclusa no rol das seitas. Regra geral cada um a seu modo justifica a si mesmo e repugna o outro a partir do seu conceito de igreja, religião, seita e CULTURA!

Isso se deve basicamente ao fato de o termo SEITA estar, culturalmente, ligado a palavras como radicalismo, fanatismo, exclusivismo, fundamentalismo, aversão à sociedade, indiferença e intolerância.

Baseado nessa compreensão cultural é que nenhum grupo religioso gosta de ser relacionado à palavra seita. Seita? Nós? Não! Diz-se com freqüência. Ora, quem em sã consciência considerar-se-ia professo de uma fé equivocada? Quem seria capaz de dizer-se participante de um grupo que distorcido?

Ninguém, é óbvio! Ou você já conheceu alguma pessoa que disse ser participante de uma seita, ainda que seja o culto aos ornitorrincos?

Portanto, quer você queira ou não, quer esperneie ou não, no âmbito subjetivo (daqueles que assim entendem), a Cultura Racional é uma religião e consequentemente uma seita, pronto e acabou!

Mas, como eu sei que não aceitará o critério subjetivo, analisemos os objetivos: Eia!

  1. Critério objetivo - Teológico
  2. No âmbito da teologia uma seita é compreendida como um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas. Ou como disse Josh McDowell & Don Stwart "seita é uma perversão, uma distorção do cristianismo bíblico e/ou rejeição dos ensinos históricos da igreja cristã.

    Poderíamos estacionar por aqui, posto que o conceito teológico de seita amolda-se perfeitamente à assim chamada Cultura Racional. Entanto, continuemos nossa investigação.

    RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico.

    Assim, uma religião é composta entre outras coisas, de três elementos: homem, divindade e meio de religamento/salvação.

    E o interessante é que a CR possui efetivamente tais elementos, senão vejamos:

    Na pág. 08, do Livro 18 assim está escrito:

    "Este conhecimento não é para o comércio da exploração, e sim para a salvação de todos"

    Epa!, mas ser salvo do que e para quê, eu pergunto. Que suposta cultura é esta que não é religião ou seita mas mesmo assim é portadora e difusora de doutrinas as quais tem com objetivo a salvação do homem?

    Neste texto percebe-se o meio de re-ligamento ou de salvação defendido pela CR.

    E o livro ainda explica essa suposta salvação:

    "Quer dizer: a volta de todos ao Mundo de Origem, o MUNDO RACIONAL. O mundo verdadeiro do animal Racional é o MUNDO RACIONAL"

    Uai (Diria um mineiro) mas esse parágrafo esta basicamente dizendo sobre retorno, religar? Corrijam se eu estiver errado: Isso não é o mesmo que religião?

    Mais adiante, pag. 09:

    "Não é um conhecimento extraído do saber deste mundo, e sim, a verdade das verdades, ditado pelo RACIONAL SUPERIOR, Entidade da Planície Racional, através do seu representante".

    Aqui está presente o elemento da divindade/deus/ser superior.

  3. Critério objetivo - Sociológico
  4. No âmbito sociológico, a palavra seita significa seguir, um curso de acção ou forma de vida, designando também um código comportamental ou princípios de vida ou ainda uma escola de filosofia ou doutrinas. Um sectator é um guía leal, aderente ou seguidor.

    Com efeito, uma seita possui uma cosmovisão na qual todos os seus seguidores precisam se espelhar e seguir. Cosmovisão, anote-se, é uma forma de ver o mundo. Toda cosmovisão tenta responder no mínimo às seguintes perguntas: De onde vim? Qual o propósito da minha vida? Para onde estou indo?

    Ora, uma cultura propriamente dita não tenta responder a tais perquirições, isso é papel de religiões portadores de determinada cosmovisão, e é exatamente a essas perguntas que a CR tenta responder, eis que conforme consta na págima 03 do livro mencionado:

    "De onde todos vieram e para onde todos vão. Como viveram e como vão.

    Em resumo, no âmbito sociológico, os adeptos da CR possuem uma cosmovisão e estão tentando viver baseado nela, mas como dito não é papel da cultura prescrever comportamentos, ela simplesmente é o resultado do comportamento do ser humano. Por outro lado, a CR religião e seita que é, prescreve a sua cosmovisão distorcida para todos os seus adeptos, no sentido de apresentar-lhes respostas para a origem, propósitos e destino da raça humana.

    E ainda assim não é religião?

  5. Critério objetivo – Etimológico

As palavras seita e heresia derivam do termo grego háiresis, que quer dizer "escolha", "partido tomado", "corrente de pensamento" ou "divisão". A palavra heresia é uma adaptação do vocábulo háiresis. Quando passada para o latim, háiresis, virou secta. Foi do latim que veio a palavra seita.

Em resumo, pode-se dizer que seita é um grupo de pessoas organizadas ou não, que se formaram e que comungam das mesmas doutrinas, vivendo à margem das demais religiões, com sua própria cosmovisão, fechados em si, podendo ser ela cristã ou não cristã.

Contudo, entre os pesquisadores de religiões, sociólogos e estudiosos liberais deste fenômeno, há uma certa tendência (por influência do ecumenismo) de neutralidade, preferindo usa-la não como polêmica mas apenas para designar determinados grupos religiosos no contexto social. Assim, atualmente, inventaram novas terminologias a fim de evitarem uma abordagem pejorativa, sendo a mais comum: corrente de pensamento, separação, facção, dissidência, partido, forma de cultura, heterodoxia entre outras.

Portanto, pelo critério etimológico enquandra-se na definição de seita, afinal possuem doutrinas específicas e estão à margem das demais religiões. Porém , como visto, tentam mudar a denominação de seita e de religião para cultura, tentando com isso evadir-se do campo religioso e adentrarem na arena do pensamento.

Conclusão

Á guisa de conclusão, pode-se depreender que a CR nada tem de cultura ou mesmo de racional, ela na verdade é um religião sectária (esse é o melhor termo) que possui uma cosmovisão distorcida da realidade.

Ora, para ser religião/seita não é necessário que os seus adeptos freqüentem tempos, igrejinhas ou sinagogas, ou ainda, que possuam rezas e orações peculiares. Isso não são condições sine qua non. Por outro lado, o que caracteriza a CR como religião sectária são as seguintes características:

  • Possuem doutrinas definidas;
  • Apresentam respostas acerca da origem, propósito e destino do homem;
  • Apresentam a figura da divindade;
  • Apresentam um meio de salvação do homem em relação à divindade;
  • Apresentam um mediador (o fundador);
  • Os adeptos usam roupas brancas (com fulcro na Bíblia!!!!???);
  • Realizam reuniões denominadas Festas.

E ainda querem mais argumentos?

No mais, deixo os seguintes apostamentos críticos acerca do 18º volume do livro Universo em desencanto, e, por favor, não me peça para ler mais esses livros, posto que tal coisa é um trabalho excessivamente penoso, eis que o estilo é pobre e a idéias são gigantescamente destituídas de lógica alguma.

O livro possui:

  • Lavagem cerebral

Infinidade de repetição de termos iguais e equivalentes, p. ex., "agora, todos felizes e contentes", "verdadeira felicidade", "felicidade completa", "felicíssimos para o resto da vida... da eternidade".

  • Frases repletas de oxímoros

"Na mesma hora que está confiando, está desconfiando", p. 15 (é possível isso?)

  • Pensamento ilógicos

"Na vida tudo é ilusão" pag. 21. Ora se tudo é ilusão, então por que utilizar a CR, se nada é real?

Em Cristo. Nosso Senhor e Salvador!

Valmir Nascimento

www.comoviveremos.rg.com.br

terça-feira, março 06, 2007

Socorrendo uma geração em flor

por Jossy Soares

Como já dizia o Pregador, uma geração vai e outra geração vem (Ec. 1.4). Um dos grandes problemas de todas as instituições é a sucessão de gerações. Na igreja não é diferente. Muitas vezes a falta de um diálogo aberto com a juventude dificulta a adesão de mais jovens ao compromisso de zelar e sentir-se responsável pela Obra.

O verdadeiro cristão tem que ter um sentimento de responsabilidade para com a igreja e suas atividades. Não podemos simplesmente desfrutar do arsenal de bênçãos outorgadas pelo Senhor e não colaborar no serviço cristão.

Pesquisas têm revelado que a maioria dos cristãos não está engajada no serviço cristão. A continuidade das atividades da igreja depende do que hoje é semeado aos mais jovens.

Jesus prometeu que a igreja será vencedora. Não fosse essa promessa seria muito difícil crer nessa expectativa pois as circunstâncias dizem o contrário. Mas como disse o apóstolo Paulo, esperança que se vê não é esperança (Rm. 8.24), por isso sabemos e temos firme confiança que, ainda que a terra se mude, ..., ainda que as águas rujam e se perturbem, (Salmo 46. 2,3), a Igreja será vitoriosa, Deus está no meio dela. As portas do inferno não prevalecerão contra a Noiva de Cristo. Todavia, é importante refletir sobre nossa responsabilidade para com as futuras gerações.

É nesse contexto que entra um importante segmento a ser alcançado: os estudantes.

A formação da personalidade do indivíduo se dá na fase da adolescência e juvenil. É exatamente aí que são semeados os conceitos e valores que informarão o pensamento e a visão de mundo do jovem. O inimigo sabe disso e tem arregimentado suas hostes para atacar. Nós cansamos e descansamos o inimigo não ele sempre está ao derredor tramando algo contra o Reino de Deus. Como diz o antigo hino de Alfredo H. Silva, no Cantor Cristão: "E sem cessar vigia a cada instante que o inimigo ataca sem parar..." .

É muito triste a quantidade enorme de jovens e adolescentes acorrentados pelo inimigo. Nas escolas vemos claramente as manifestações infrutuosas das trevas. As atividades são múltiplas: é o rock metal pesado, são as drogas, as gangues, a libertinagem, a tão louvada irreverência, a perversão sexual, as imorais músicas   funks, a bruxaria e o próprio satanismo dentre outras portas de perdição. Esse é o ambiente escolar da atualidade. Alunos que não respeitam professores, irreverentes, imorais, violentos e, mesmo assim protegidos pela legislação. Legislação essa humanista e profundamente comprometida com o Reino do anticristo.

Reverência, Pureza, honestidade e virgindade são conceitos atacados, ridicularizados e desprezados. O jovem cristão sofre muitas hostilidades nesse ambiente. Por tal motivo é necessário uma atenção especial para com o ministério de evangelismo estudantil. Não somente para ganhar os estudantes para cristo, mas também para fortalecer os nossos jovens, capacitando-os com estudos específicos de maneira que haja um crescimento espiritual sadio e equilibrado. Assim, nossos jovens sairão da defensiva e farão diferença no meio em que vivem.

E o que poderíamos fazer imediatamente para começar mudar a situação? Não é necessário importar teorias enlatadas como se fosse "a galinha dos ovos de ouro". Não. Como diz John Stot, o Cristianismo é puro e simples. O que precisa ser trabalhado são os conceitos mais elementares da fé tais como salvação, santificação, vida com Deus, amor, graça, humildade, fidelidade, honestidade, caridade, serviço e responsabilidade com a evangelização. Esses conceitos têm que ser trabalhado se possível pessoalmente com cada jovem estudante da igreja. Como os jovens são muitos, nada melhor do que o trabalho com pequenos grupos. Liderança de jovens não é só para organizar conjunto  musical e fazer campanhas de arrecadação. É dever do líder saber a condição espiritual de cada jovem. O verdadeiro líder não é para ficar apenas engravatado e aguardando honrarias. Ele deve saber como está cada jovem, onde estuda, seus problemas emocionais, sentimentais e familiares e trata-los à luz da Bíblia. Somente dessa forma teremos crescimento de fato e não mera ilusão residente no emocional.

Um ministério de evangelismo estudantil tem finalidade dupla: edificar os estudantes cristãos e ganhar os não cristãos. Com jovens bem nutridos espiritualmente poderemos fazer uma grande diferença. Toda igreja que apóia essa iniciativa tem colhido frutos de uma mocidade envolvida com o Reino de Deus e edificando-se mutuamente.

 Para muita gente crescimento espiritual se dá por osmose. Acham que basta algumas palavras, ensaios, cânticos e a "coisa" acontece naturalmente. Ledo engano. Enquanto pensarmos assim continuaremos a ter jovens aparentemente fervorosos, mas fracos espiritualmente. Fracos ao ponto de não saber defender nem praticar a fé que professa. Não podemos enganar a nós mesmos achando que sempre tudo está bem quando na verdade estamos tão carentes de crescimento espiritual.

 Nossa vinha está em flor. Se alcançarmos nossos estudantes, poderemos alcançar os estudantes não crentes e, através do evangelismo estudantil, poderemos alcançar toda uma nação.

 Jossy Soares, membro da AD em Cuiabá-MT, dirigiu a Primeira Revista Grande Templo. Hoje é Presidente da Agência Pés Formosos(MG) e Professor da Escola Dominical no Templo Sede.

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Cristão Totalflex

Por Valmir Nascimento

Estava cá pensando com meus botões acerca do recente fenômeno do setor automobilístico brasileiro: os veículos totalflex.

Como sabido os veículos com sistema flex – nos seus mais variados nomes industriais - são aqueles que possuem a capacidade de utilizar pelo menos dois tipos de combustível: gasolina ou álcool.

O sistema flex é um idéia genialmente brasileira que tem como objetivo dar mais opções para o motorista quanto ao tipo de combustível que utilizará em seu carro. Obviamente que a decisão por qual combustível usar recai geralmente naquele que se mostra mais viável ao seu bolso.

Trago esse tema à tona pois conheço outro local em que o sistema flex também é utilizado. Onde? Respondo: Na cabeça de muitos cristãos!

A questão é que muitos cristãos são flexíveis demais em relação à idéias/ /comosmovisões/culturas antagônicas às verdades bíblicas. Muitos conseguem, sem nenhum esforço, tolerar e conviver com ideologias que são opostas ao pensamento essencialmente cristão.

O cristão total flex, portanto, é aquele deixa entrar no tanque do seu cérebro toda sorte de combustíveis que possam contrariar a fé cristã. São cristãos que congregam pensamentos tanto bíblicos quanto mundanos.

Obviamente que o problema não reside simplesmente no pensamento por parte do cristão, mas sim, quando tal pensamento transforma-se em atos. O problema está no caráter comportamental. Nesse sentido, tem-se o caso de cristão de defendem o aborto, fazem apologia à homosexualidade e pedem pela liberação uso de drogas.

Ora, foi Jesus quem disse que não podemos servir a dois senhores, pois, certamente haveremos de agradar um e aborrecer o outro. E, ainda, disse Paulo, para não nos conformarmos com esse mundo. Em outras palavras, Paulo pede para sermos intolerantes em relação ao mundo. Pede para sermos inflexíveis!

Em Cristo

Valmir Nascimento